Todos os dias, nós - alunos dos períodos da manhã e noite - estamos nos reunindo na sala 112 do prédio metodista (ou outras salas dependendo da demanda), em nossos respectivos turnos, para nos organizar frente a atual situação da Universidade.
É importante a presença de todos, visto que é interesse de todos a manutenção das funções da Universidade e o seu desenvolver enquanto instituição acadêmica.
Primeiramente, gostaria de parabenizar a todos os estudantes que têm se organizado coletivamente e mostrado à nossa comunidade acadêmica uma enorme maturidade social e política. Há, não tenho dúvida, muitos professores da nossa universidade que poderiam (e deveriam) aprender alguma coisa com vocês. Infelizmente, essa belíssima movimentação vem sendo desprezada por alguns de seus colegas, os quais entendem que reuniões e decisões em assembléia são estéreis e que, portanto, não serão eles a perder tempo com isso. É uma pena que haja quem pense dessa maneira, uma vez que isso revela uma ingenuidade política tamanha (muito provavelmente decorrente de um lamentável desconhecimento histórico) que nos frustra enquanto educadores e, acima de tudo, enquanto cidadãos e membros da mesma comunidade política. Tenho certeza de que, se em vez de se espernear, se desesperar, xingar e reclamar sozinhos, alguns desgostosos com a situação pudessem se organizar para fazer isso em conjunto, ao menos para sincronizar os movimentos das pernas e proferir os mesmos palavrões, seria muito mais proveitoso. Assembléias e reuniões são momentos de diálogo, de exposição de idéias (ao menos para aqueles que tem alguma para expor), de deliberação pública, de preocupação com o interesse geral e não meramente com a sujeira do próprio umbigo; e são, acima de tudo, foro privilegiado da comunhão de forças. Nesse sentido, a história do nosso país e de inúmeras outras nações tem muito a nos ensinar. Ensina a história que tudo é um processo e que nada acontece de um dia para o outro; que as mudanças significativas na esfera social só vêm a ser por conta do confronto e da partilha de ideias e ideais; que o caminho percorrido pela voz e pela palavra transpõe facilmente muros e fortalezas. Como faz bem ler alguma coisa de vez em quando! Quanto se descobre e se aprende! Novamente, parabéns a vocês que se organizam e discutem publicamente suas inquietações e suas propostas – e isso, vale ressaltar, independentemente do que venha ser deliberado pelo segmento que vocês representam. O que mais vale aqui, não só neste momento que vivemos, mas para toda a nossa vida futura, é a consciência da coletividade. É ela que, em última instância, cristaliza e alimenta o respeito pelo nosso semelhante. Reuniões pela manhã e à noite, diariamente, não? Creio que todos podem fazer parte disso.
ResponderExcluirnão adianta essa reunião se não há um acordo entre os alunos, pois as reuniões estavam ficando sem foco. Penso eu que deveriamos nos reunir para verificar como fica o problema que causaram para os alunos e não ficar discutindo se a greve e legal ou não.
ResponderExcluirtem alunos que abraçaram a causa dos professores. EU NÃO ESTOU EM GREVE, FUI OBRIGADA A PARALIZAR AS MINHAS ATIVIDADES ACADEMICAS EM FUNÇÃO DE ALGUNS PROFESSORES QUE RESOLVERAM NÃO SÓ REIVINDICAR OS SEUS DIREITOS COMO TBEM RESOLVERAM BRIGAR POR QUALIDADE DE ENSINO....UFA! O MOMENTO É ESSE.
Apoio total aos alunos e um pesar pelos professores.
MÁRCIA 7° PEDAGOGIA